Criei um novo blog, este tinha coisas das quais não me queira lembrar, criei-o quase há duas semanas e achei que assim seria mais fácil esquecer tudo o que aqui, durante meses, relatei. Tentei escrever lá hoje pela primeira vez e qual não é o meu espanto quando me apercebo de que não consigo, as palavras não saiam, juro. Parecia que estava num sítio estranho, num sítio que não era meu.
Percebi então que o passado faz parte, que não o posso apagar, que simplesmente tenho de re-escrever. E vai ser aqui, não faz sentido ser noutro sítio, noutro lugar.
Ele foi o meu primeiro erro de casting - MRP
Os não-sei-quê são aquela espécie à parte, sabem do que falo? Aqueles que não são namorados, nem simples amigos, também não amigos coloridos, nem tão pouco apenas conhecidos. São aqueles que fazem parte da nossa vida e com quem temos um compromisso sem nunca dizer que o temos.
Tu fazes parte desse grupo restrito de não-sei-quê(s), sim, és o meu não-sei-quê. Não é adorável a definição? Quanto mais não seja por todos os dias implicar uma novidade, uma surpresa, em que nada é seguro e tomado por garantido.
Este status é aquele em que não podemos, nem devemos, exigir muito do outro, isto se até queremos que um dia evolua até uma coisa mais séria. Os primeiros dias eram mensagens diárias, viamo-nos todos os dias - agora nem por isso, começaste as frequências e os trabalhos e aqui entra o tal factor em que eu me afasto porque até nem temos nenhum compromisso aos olhos do mundo e porque tens de ter o teu espaço para tudo o resto.
Já não te mando a primeira mensagem da manhã a correr e espero que sintas falta e que venhas tu ao meu encontro (óbvio que custa, não nego!), entre as 14h e as 15h acabas por vir, e aí ao menos sei que vens de coração, vens porque queres e porque te apetece - não porque eu mandei uma mensagem e tu achaste por bem responder. E isso é o que melhor sabe, ouvir um nem te curto sem estar à espera e perceber que continuas ai.
O amor não tem tempo, nem fronteiras, nem horas, nem obrigações. MRP